Então... 2ª feirah... 3ª feirah... 2014 mal chegou e, já
vai indo... E o tempo perguntou pro tempo:
Quanto tempo o tempo tem?... I
─ ♪...Batidas
na porta da frente é o tempuuuuh...♪¹
─ ... Tava demorando... Vai
começar a cantoria... A Dona Profª Aposentadah vai escrever ou vai cantar?... Já tah treinando pro The Voice III?*...
Então... Prezados(as) Contumazes Leitores(a)...
Ou não!...
A Nobre Srª Nem Tanto ainda não descobriu que Literatura e Música
são duas artes irmãs... Quase siamesas!...
Uma não sobrevive sem a outra, nem que a Ciência queira... E que a cronista,
aqui em questão, escreve, canta e, lê e ouve muito...
Inda mais nesse verão de 2014, que
mal chegou e, já vai indo junto com o casal Turdus Rufiventris*¹ e uma parte de
sua corte... Alguns ficarão, tipo Sicalis
Flaveola , Tiranídea, Columbidae*¹ ... Eles foram expulsos de seus palácios de
verão, pelos novos loteadores e moradores locais*²...
Aliás, alguns desses passeriformes passaram a tal da primavera não sonhada, todinha, me encantando e consolando, com
seus magníficos trinados e recitais impecáveis... Mas uns e outros também bicaram, com furor, a
vidraça do basculante da cozinha e, ainda me indispuseram com a fêmea
do Passer Domesticus*¹, fiel e contumaz apreciadora das migalhas do café
da manhã local... A pobre se achou preterida e andou ressentida comigo... E tem mais, o tal do casal nem se despediu... Ficaram trinando
esquisito, tipo certos humanos, que
ficam dando sinais que vão, mas não se despedem.
─ Hei!... Hei!... A Srª
Escritora aê num tava falando... Quer dizer, cantando o Tempo?!
─ Olha lá como
é que vai falando coisas, Srª Língua
Afiada... Vai que há algum cidadão, que
tenha tal sobrenome (ou apelido)... O
que vão pensar os outros(as) recatados(as) leitores(as)? Que ando dando
condições ao Sr. Tempo?
Pois é... Então... Olhem... Quer dizer... Leiam... Quer
saber?!... Ouçam e cantem comigo:
─ ♪...Um dia
azul de verão, sinto o vento...♪...Há folhas no meu coração ...É o tempo...♪...Recordo
um amor que perdi, ele ri...♪...Diz que somos iguais, se eu notei...♪...Pois não
sabe ficar e eu também não sei...♪...♪...E gira em
volta de mim, sussurra que apaga os caminhos...♪...Que
amores terminam no escuro sozinhos...♪...Respondo que ele aprisiona, eu
liberto...♪...Que ele adormece as paixões, eu
desperto...♪...E o tempo se rói com inveja de mim...♪...Me vigia
querendo aprender...♪...Como eu morro de amor, pra tentar
reviver...♪...No fundo é uma eterna criança...♪ Que não soube
amadurecer...♪...Eu posso... Ele não vai poder me
esqueceeeer...♪¹
─ Psssiuuh!... Izabeeel!... Tiah... Donah!A Sra. vai ficar cantando aê, sem parar? Não vai
explicar o porquê desta canção naum?!...
─ Nauuum!!... Ou melhor... Vou!... Vou explicar!
Mas não agora, porque o Sr. Alice, meu senhorio(como se dizia, antigamente) ou locador (como querem os contratos modernos e cheios de clausulas), está pintando a minha cozinha... E me deu uma
trégua só pra liberar o almoço, que filinha e genro vão ao centro... Comprar
não sei o quê.. Como compra essa geração Y*³... Mas eu volto... Voltuh mesmuuh!
Quanto tempo o tempo tem?... II
─ “ Tudo tem seu tempo
determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”¹...
─ Mé que
éée?!...
─ É simples assim... “ Há tempo
de morrer e tempo de morrer, tempo de se colher o que se plantou; tempo de...”¹
─ Parah! Parah tudo!... No episódio anterior, Dona Izabel tava cantando e
tirando onda, na maior intimidade com o
tempo e agora...
Pois é... Então... Caríssimos(as) e Compreensivos(as) Leitores, Ouvintes e Cantantes:
Eu tava falando do tempo humano... Quer dizer, eu, vc, a Nana, o Aldir e o Cristóvão...♪¹... Quer dizer...Távamos cantando o efêmero tempo nosso, que nem bem foi e já não é! ... Porque o tempo de Deus é
eterno e, com certeza, nem falha , nem
tarda e...
Ah! Essa Srª Nem Tanto da Língua Afiada & Cia. não sabem diferenciar o divino do humano e, estranha porque a gente vive nos dois tempos. Ela nem conhece direito o que está escrito na
Palavra... Vive repetindo um certo ditado popular:
─ Deus cochila mas não
dorme...Certo?!
Errado, senhores e
senhoras! Na Palavra diz que Aquele que nos guarda: “ Não dormita** nem
dorme...”²... Ou seja, Deus nunca dá um tempo** no que tá fazendo, nem no que
vai fazer...
Falando em tempo**, como tá o tempo** aí? Aqui, ele tá quente, em
todos os sentidos... Pois o verão, que ainda não sei se é o sonhado ou não, chegou firme e forte e não tá chovendo
nadinha... E tem aqueles nefastos momentos de horror no estado de São Paulo,
Maranhão e/ou em terra brasilis e adjacências. Ainda bem que há a brisa da
tardinha!!!
─ Peraí, Srª Dona Cronista, qual é o seu propósito agora?... É ficar
me trolando e me enrolando, aê?
Então...
2ª feirah... 3ª feirah...4ª feirah!... 2014 mal chegou e, já vai indo... A
primeira quinzena já se foi... E o tempo perguntou pro tempo: Quanto tempo o tempo tem?
Então... Ontem eu tava falando... Quer dizer, escrevendo...
Quer dizer, cantando... E fui interrompida, por essa criatura aê, várias vezes.
Aí, chegou o tempo de fazer o almoço, pois o meu locador deu um tempo**, na pintura da minha cozinha. E
eu encerrei nosso papo... Quer dizer, nossa cantoria e, disse que voltaria, mas
te dei o toco.
É que depois eu fui assistir
ao meu telejornal preferido, pra ver o Evaristo&Cia e, a bela moça# do tempo** me davam informações e, condições de passear, à tardinha e curtir a brisa e, a Lua Cheia, que desponta junto com Vésper**. Umas e outras notícias eram trashs**, mas tinha umas coisas do bem acontecendo também! São marcas
do nosso tempo**...
Aí, eu fui fazer o que faço toda terça-feira: me preparar
para a reunião da noite – de intercessão e orações, pelos propósitos e necessidades
da igreja e da comunidade*³. Aí,eu dou o um tempo no humano e, me dedico ao divino. Só escuto louvores e música gospel, leio
a Bíblia, preparando o coração e reforçando
o espírito. Foi, então, que me veio a Palavra do Senhor sobre o tempo”¹.
O que foi confirmado, depois que nós louvamos com fervor e alegria, pela pregadora da
noite*³: a gente tem o nosso tempo humano, mas Deus é o Senhor do Tempo e, se a
gente quiser vencer,tem que lutar, mas tem que saber esperar e se alegrar,
confiando e descansando Nele. Capisce ?!
─ Hei! Não fica falando em italiano nauuum!... Traduz!!!
─ Traduzo!!! A
dona aê entendeeeu?!...
Opsss!... O telefone tocou... Vou atender ... ♪... O telefone tocou novamente...♪... Fui atender mas não era o meu amooor...♪... Que pena...♪...Que pena...♪²
─ Mé que
éééé?!...
♪¹ -
Versos da canção “Resposta ao tempo”, composição de Aldir
Blanc(RJ,1946), compositor e escritor brasileiro e, de Cristovão Bastos,
pianista,compositor e arranjador brasileiro,na interpretação de Nana Caymmi,(
RJ,1941), cantora e intérprete da MPB;
♪² - Versos da canção “
O telefone tocou novamente”, de Jorge Duílio Lima Meneses(Jorge Ben Jor,
RJ/1945), guitarrista, cantor e compositor brasileiro;
*- Referência ao programa The
Voice Brasil, show de talentos, da rede Globo de Televisão;
*¹ - Respectivamente: sabiá, canarinho-da-terra, bem-te-vi, rolinha e,
pardaloca;
*² - geração Y- ou geração do milênio ou
geração pos-utopias, antecedida pelos babyboomers e pela geração X (termo criado pelo fotógrafo Robert
Capa , em 1950) e será sucedida pela geração Z – nascidos no final da década de 70 ,nos anos
80 e meados de 90 (não há consenso nos anos-base) que dominam a tecnologia e a
internet, marcada pelo consumismo, o
individualismo e também pela alta capacidade e ambição profissional, onde
alguns já alcançaram poder e altos salários (fonte; wikipédia livre – Google
pesquisa, acesso dia 14/01/2014); *³ - Referências às reuniões da Igreja Metodista do Monte Castelo e, à Pra. Simone, da mesma no bairro Dom Bosco, em Juiz de Fora/MG;
** - dormitar: cochilar; tempo: na língua portuguesa, é usado em vários sentidos: cronológico, climático e sociológico, na gíria, como intervalos do próprio tempo e, no sentido de descansar; Vésper: o planeta Vênus, conhecido também como Estrela D'Dalva; trash, no inglês: refugo, lixo, escória, destruir,na gíria: ruim, horrível, barra pesada, destruída; “¹- Eclesiastes,3: 1 a 8;
"² - Salmos 121:3 e
4;
# - Referências ao telejornal Hoje e aos âncoras e repórteres
Izabel Cristina Dutra, produzido em JF/MG, nos dias 14 e 15/01/2014.
Então... 4ª feirah... 5ª feirah...6ª feirah... Sábaduh...2014 mal chegou e, já vai indo... E
o tempo perguntou pro tempo...
FELIZ ANO NOVO?!*
(Ou ainda... Boas entradas ou Boas saídahssss?!... )
Então ... Finalmente
2014 chegou... Com festas e muitas
novidades mas já vai indo... Com seu riso e seu choro e, uma lenga-lenga de acontecimentos
bons e ruins, que nem que antes...
─ ♪... E o tempo perguntou pro tempo... ♪
─ Mé
que é?! A distinta Srª aê não já prometeu
parar de falar em tempo?!..
─ Sim!... E não...
Caras(os) Leitoras (es)Temporárias e Anônimas(os) ...
Ou não... Eu prometi mas não vou cumprir... Vá lá... Quem cumpre
todas as promessas que faz? Só o Deus Altíssimo, Cara % da humanidade que vive e revive todos os dias,
debaixo do sol e ao longo deste tempo, que não se sabe nem a hora nem o dia em que termina...
─ E que lenga-lenga* ou cantilena é essa de tempo perguntar pra tempo?...
─ É
lenga-lenga nãuuum... Talvez cantilena* Ou será parlenda?*... ... E foi uma dessas
esfingezinhas de plantão que me falou essa...
─ Mé que ééé?
É... Caras(os) Leitoras(es): Essa parlenda (ou cantilena?ou lenga-lenga?), quem
me cantou foi uma esfingezinha** de plantão, no coração dessa cidade vale do
Paraibuna...
Eu fui lá no último dia útil do ano passado...
─
No dia 31, né? E foi bater perninhas, Srª Dona Profª Aposentadah?
─ Não fui
bater perninhas nãuuumm... Fui resolver umas paradinhas ou corridinhas, de fim de ano,
como receber o último salarin do ano... E foi no dia 30, porque o dia 31 de
dezembro de qualquer ano e tempo, in terra brasilis*¹, é completamente inútil
pra se resolver querelas e pendengas civis , mesmo pra vc. que não tem alma
tupiniquim*...
Então... Eu fui lá , e como os caixas eletrônicos ou não tinham
dinheiro, ou/e/ou não tavam funcionando ou/e/ou a impressora não imprimia
comprovantes, fui dar um rolé e, esperar
que os caixas reais do banco começassem a atender, oficialmente, pra arrancar
de suas ávidas mãos as minhas merrequinhas. Aí... Depois, eu recebi e até me surpreendi porque
havia um troquinho a mais...
Aí , eu
quis lanchar em Stambul... Mas lá agora é Hong-kong, desde
que os chineses venceram os turcos... Tô falando de restaurantes e do comércio
em geral, em jotaefe/emegê... A filinha
e o genro tavam lá. E queriam que eu comesse um tal de yakisoba*, mas eu já provei e não gostei
muito nãuuum... Aí eu fiquei na torta de
frango com catupiri mesmo e, com um suquinho de acerola com laranja...
A gente comeu, conversou e combinamos o almoço
de ano novo. Depois me desgarrei deles e, fui parar às margens de Parayuna*². Ele continua lá e tava caldaloso, por conta da
chuvarada de fim e princípio de estação... As cargas alheias*² diminuíram, dada
a intervenção das atuais autoridades municipaes, mas ainda tinha uns lixinhos
boiando....
Quando tava voltando, por aquela ponte*², em meio às corredeiras de
gente azafamada ou não, umas dessas lindas e, doces criaturinhas, perguntadeiras, pulou bem na
minha frente e lascou-me este enigma :
─ ♪...O tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo
tem?...♪
E
ficou me olhando com olhinhos esbugalhadinhos de curiosidade, como os de Dona
Pardaloca, que aliás esteve na minha cozinha, bem de manhãsinha... Mas nem bem tive chance de
atinar com a resposta, ela mesma me atirou sua sabedoria, bem na cara...
─ ♪... O tempo respondeu pro tempo que o tempo tem o tempo que o tempo tem...♪
É... Mais é... Caríssimas (os) Leitoras(es) Temporários ou Não... É... Mais
é... Caríssimas(os) Âncoras e Repórteres do meu telejornal preferido*³ ( que
aliás tem tempo no nome):
A que
considerável % da humanidade pertencemos? A que nem sabe quanto
o tempo o tempo tem? E o que tem haver isso tudo com ano velho e ano novo?... E
com boas entradas e boas saídas?
Isso só
respondo depois, porque agora tá na hora
de providenciar um lanchinho e, assistir Joia Rara*³... Me aguarde... Me dê só um tempinho, valeu?!
* - lenga-lenga: frase cantada com ritmo e rima ou
conversa repetida sem objetivo; cantilena: refrão de música com melodia suave e
repetido; parlenda: frase com jogo de palavras repetidas ou semelhança de sons,
brincadeira do folclore infantil também conhecido com trava-línguas; yaisoba: prato da culinária japonesa com macarrão frito com molho de carne ou legumes;
** - Referência a
crônicas sob os títulos: “E se não houvesse amanhã” e “ O Retorno da Esfinge”,
da mesma autora no mesmo blog;
*¹ - Referente a Brasil ou à nacionalidade brasileira;
*² - Nome indígena
de Paraibuna: rio de águas escuras, referência ao poema “Nas Sagradas Águas de
Parayuna”, do livro “... Das Almas de
Minas...”, da autora;
*³ - Referência a âncoras e repórteres do telejornal Hoje e, à novela das seis , da Rede Globo de Televisão.
Izabel Cristina Dutra, produzido em JF/MG, no dia 04/01/2014.
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