domingo, 26 de janeiro de 2014

No Pirulito de Verão 2014

Então! Já vai passando janeiro versão 2014... Tem gente que tá de férias e outros nem tanto! Bem aqui no coração da cidade, aonde os rios de gente do Calçadão se pororocam no mar da Avenida do Barão...H á os que inundam... Ou infestam  o Parque... Mas há os que se redemoinham nas palmeiras e lá! Aonde?! 
NO PIRULITO* DE VERÃO!!!!  N³ 
( Ou.. Nós, Vós, Eles & As(os) Onças(os) Urbanas, ou Não  ... I)

      Então! Já vai passando janeiro  versão 2014... O sol torrando almas urbanas, ou não! E as chuvas alagando os aglomerados urbanos e, atolando a safra nas vicinais...  E  já tamos na segunda quinzena!Tem gente que tá de férias  e/ou outros nem tanto! 
      O pior é nós aqui , nessa cidade do Vale do Paraibuna, se derretendo com a sobrinha na bolsa e, o leque na mão. Bem aqui no coração da mesma... 
      Lá!... Aonde fui parar, na última sexta-feirah próxima passada, após uma crise existencial, onde eu não sabia se comemorava um verão não sonhado ou, se entrava em deprê, em solidariedade à Evaristo e Sandra*¹, que além de ter que dar conta das(os) onças(os) nacionais, ainda tem que  aviar as(os) internacionais( rebeliões em presídios famosos, acidentes fenomenais, encontro de líderes multinacionais e, a tal da paz mundial, prometida e reafirmada no último réveillon, mas que a gente que é gente não vê e  nem viu...).
      ─  Mé que ééé? 
      ─  Pois é... O ano é novo mas as(os) onças(os) são velhas(os)...  
      E elas vieram,com certeza!Depois do ano novo,  só eu já matei mais de uma ( por necessidade mermo), corri de mais de dez e espantei umas cem , no grito! Huuuh! 
     Pois é....  Isso sem contar com a pobre bela moça*¹ do tempo obrigada a fazer previsões terríveis, em meio à promessa de magníficas e divertidas vesperais,  à beira-mar... Aí eu não suportei nem mais um dia em casa... 
      Afinal eu tava de molho, desde o último domingo, acometida de uma tal de uma virose, que foi do mesmo jeito que veio... 
      Então... Alopreeei - como diz um certo amigo meu.... Saquei um visual basicão de verão: banho rápido, cabelos molhados, saião, blusinha e rasteirinha de oncinhah...  Batom só de brilho e perfume só de jasmim e rosas!E  desaguei num dos rios de gente do Calçadão se pororocam no mar de pessoas da Avenida do Barão e inundam o Parque*... Acabei num dos que se redemoinham nas palmeiras e  se enroscam lá! Aonde?! 
      No Pirulito* de verão!!! Lá tava vazio de estudantes... Mesmo que a UFJF* esteja cumprindo calendário de reposição de greve... Tinha lá um advogado de plantão e vendedor de picolés e água mineral de procedência não comprovada! 
      Não comprei!... Mas, assuntei com os meus amigos artesãos (não os dos boxes oficiais que foram desmontados e, reduzidos a duas tediosas  tendas, onde não se faz nem pro café de amanhã), mas os que ficam no chão( itinerantes ou não) e  que tão preocupados pra dedéu com a prometida revitalização oficial do Parque, por parte das autoridades municipaes. 
      Aí, meu sentido investigativo, herança de Sir Sherlock Holmes*², me levou ao lado B do referido logradouro público*. 
     Lá, os escritórios de  consultorias  e armações ilimitadas, mais as agências matrimoniais ou de relacionamentos extraconjugais e etc. – mais cassinos e bolsas de apostas, às vistas públicas e notórias – continuam funcionando a todo vapor... As autoridades têm razão: tá na hora da revitalização!  
       Então... Saltemos esta parte e vamos diretos as (os) onças(os), que infestam o Parque*.
        ─  Mé que ééé?        
       Caríssimos e Surpreendidos ... ou Não... Leitores (as):
       Não tenho culpa se vida e animais selvagens são tão imprevisíveis assim como Nós, Vós &  Eles(as)... Eu tava lá curtindo a brisa urbana  e vespertina do Parque, quando Irmão mais Novo gritou: 
      ─ Manhê, eu vi um onço... 
       ─ Não é onço... É onça macho!... E aqui não tem este tipo de animal – advertiu Irmã mais Velha Chatonilda da Silva. 
       E Manhê, querendo ser cordata e, dar upgrade nas maçantes férias urbanas de Filinho: 
        ─ Aooonde? Mostra pra mamãe...  
        Mais é claro que ele mostrou!... A tal da (o) onça(o) estava no alto de uma das  magníficas árvores do referido Parque* e, tinha magníficos pelos negros e olhos, que brilhavam  magnificamente mais que Vésper*³, que já apontava nos céus da urbes... 
       ─ Não seria  esta uma descrição adequada a uma(um) pantera(o), Sra. Dona Cronista?           Prezados(as) Amadinhos(os), a (o) onça(o) era do moleque e não minha! Falando nisso, a  minha campainha tocou... 
         Serah  mais uma(um) das minhas(meus) onças(os) particulares de verão? Seraaah?


* Referência a logradouros da região central da cidade de Juiz de Fora/MG e à Universidade Federal de Juiz de Fora;
 *¹ - Referência a âncoras e repórteres do telejornal Hoje, da TV Globo;
 *² - Sherlock Holmes – personagem detetive da ficção, criado por Arthur Conan Doyle(1859/1930), escritor e médico escocês;
*³ - Uma das designações do planeta V~enus, também chamada Estrela D'alva.

sábado, 4 de janeiro de 2014

O tempo perguntou pro tempo...

Então... 2ª feirah... 3ª feirah... 2014 mal chegou e, já vai indo... E o tempo perguntou pro  tempo:

Quanto tempo o tempo tem?... I

      ─ ♪...Batidas na porta da frente é o tempuuuuh...♪¹
      ─  ... Tava demorando... Vai começar a cantoria... A Dona Profª  Aposentadah vai escrever ou vai  cantar?... Já tah treinando pro The Voice III?*...  
     Então... Prezados(as) Contumazes Leitores(a)... Ou não!... 
     A Nobre Srª Nem Tanto ainda não descobriu que Literatura e Música são duas artes irmãs...  Quase siamesas!... Uma não sobrevive sem a outra, nem que a Ciência queira... E que a cronista, aqui  em questão, escreve, canta e, lê e ouve  muito... 
     Inda mais nesse verão de 2014, que mal chegou e, já vai indo junto com o casal Turdus Rufiventris*¹ e uma parte de sua corte... Alguns ficarão, tipo  Sicalis Flaveola , Tiranídea, Columbidae*¹ ... Eles foram expulsos de seus palácios de verão, pelos novos loteadores e moradores locais*²... 
     Aliás, alguns  desses passeriformes  passaram a  tal da primavera não sonhada, todinha, me encantando e consolando, com seus magníficos trinados e recitais impecáveis...  Mas  uns e outros também bicaram, com furor, a vidraça do basculante da cozinha e, ainda  me indispuseram com  a fêmea  do Passer Domesticus*¹, fiel e contumaz apreciadora das migalhas do café da manhã local... A pobre se achou preterida e andou ressentida comigo...  E tem mais, o tal  do casal nem se despediu... Ficaram trinando esquisito, tipo certos humanos,  que ficam dando sinais que vão, mas não se despedem.
     ─ Hei!... Hei!... A Srª Escritora aê num tava falando... Quer dizer, cantando o Tempo?!    
     ─ Olha lá como é que  vai falando coisas, Srª Língua Afiada... Vai que há algum cidadão,  que tenha tal  sobrenome (ou apelido)... O que vão pensar os outros(as) recatados(as) leitores(as)? Que ando dando condições ao Sr. Tempo? 
     Pois é...  Então... Olhem... Quer dizer... Leiam... Quer saber?!...  Ouçam e cantem comigo: 
      ─ ...Um dia azul de verão, sinto o vento...♪...Há folhas no meu coração ...É o tempo......Recordo um amor que perdi, ele ri......Diz que somos iguais, se eu notei......Pois não sabe ficar e eu também não sei...♪...♪...E gira em volta de mim, sussurra que apaga os caminhos......Que amores terminam no escuro sozinhos......Respondo que ele aprisiona, eu liberto......Que ele adormece as paixões, eu desperto......E o tempo se rói com inveja de mim......Me vigia querendo aprender......Como eu morro de amor, pra tentar reviver......No fundo é uma eterna criança... Que  não  soube amadurecer......Eu posso... Ele não vai poder me esqueceeeer...♪¹
    ─ Psssiuuh!... Izabeeel!... Tiah... Donah!A Sra.  vai ficar cantando aê, sem parar? Não vai explicar o porquê desta canção naum?!...
    ─ Nauuum!!... Ou  melhor... Vou!... Vou explicar! 
     Mas não agora, porque o Sr. Alice, meu senhorio(como se dizia, antigamente) ou locador (como querem os contratos modernos e cheios de clausulas), está pintando a minha cozinha... E me deu uma trégua só pra liberar o almoço, que filinha e genro vão ao centro... Comprar não sei o quê.. Como compra essa geração Y*³... Mas eu volto... Voltuh mesmuuh!


Quanto tempo o tempo tem?... II


       ─ “ Tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”¹...
      ─ Mé que éée?!... 
      ─ É  simples assim... “ Há tempo de morrer e tempo de morrer, tempo de se colher o que se plantou; tempo de...”¹ 
     ─ Parah! Parah tudo!... No episódio anterior, Dona Izabel tava cantando e tirando onda, na maior  intimidade com o tempo e agora...
    Pois é... Então... Caríssimos(as) e Compreensivos(as)  Leitores, Ouvintes e Cantantes:   
    Eu tava falando  do tempo humano... Quer dizer, eu, vc, a Nana, o Aldir e o Cristóvão...¹...  Quer dizer...Távamos cantando o efêmero tempo nosso, que nem bem foi e já não é! ... Porque o tempo de Deus  é eterno  e, com certeza, nem falha , nem tarda e... 
    Ah! Essa Srª Nem Tanto da Língua Afiada & Cia. não sabem diferenciar o divino do humano e, estranha porque a gente vive nos dois tempos. Ela nem conhece direito o que está escrito na Palavra... Vive repetindo um certo ditado popular: 
     ─ Deus cochila mas não dorme...Certo?!   
    Errado, senhores e senhoras! Na Palavra diz que Aquele que nos guarda: “ Não dormita** nem dorme...”²... Ou seja, Deus nunca dá um tempo** no que tá fazendo, nem no que vai fazer... 
    Falando em tempo**, como tá o tempo** aí? Aqui, ele tá quente, em todos os sentidos... Pois o verão, que ainda não sei se  é o sonhado ou não,  chegou firme e forte e não tá chovendo nadinha... E tem aqueles nefastos momentos de horror no estado de São Paulo, Maranhão e/ou em terra brasilis e adjacências. Ainda bem que há a brisa da tardinha!!!
     ─ Peraí,  Srª Dona Cronista, qual é o seu propósito agora?... É ficar  me trolando e me enrolando, aê? 
     Então... 2ª feirah... 3ª feirah...4ª feirah!... 2014 mal chegou e, já vai indo... A primeira quinzena já se foi... E o tempo perguntou pro  tempo: Quanto tempo o tempo tem?     
     Então...  Ontem eu tava falando... Quer dizer, escrevendo... Quer dizer, cantando... E fui interrompida, por essa criatura aê, várias vezes. 
     Aí, chegou o tempo de fazer o almoço, pois o meu locador deu um tempo**, na pintura da minha cozinha. E eu encerrei nosso papo... Quer dizer, nossa cantoria e, disse que voltaria, mas te dei o toco. 
     É que depois  eu fui assistir  ao meu telejornal preferido, pra ver o  Evaristo&Cia e, a bela moça# do tempo** me davam  informações e, condições de passear, à tardinha e curtir a brisa e, a Lua Cheia, que desponta junto com Vésper**. Umas e outras notícias eram  trashs**, mas tinha umas coisas do bem acontecendo também! São marcas do nosso tempo**... 
      Aí, eu fui fazer o que faço toda terça-feira: me preparar para a reunião  da noite – de  intercessão e orações, pelos propósitos e necessidades da igreja e da comunidade*³. Aí,eu dou o um tempo no humano e, me dedico ao divino. Só escuto louvores e música gospel, leio a  Bíblia, preparando o coração e reforçando o espírito. Foi, então, que me veio a Palavra do Senhor sobre o tempo”¹. 
    O que  foi  confirmado, depois  que nós louvamos  com fervor e alegria, pela pregadora da noite*³: a gente tem o nosso tempo humano, mas Deus é o Senhor do Tempo e, se a gente quiser vencer,tem que lutar, mas tem que saber esperar e se alegrar, confiando e descansando Nele. Capisce ?! 
    ─ Hei! Não fica falando em italiano nauuum!... Traduz!!! 
    ─ Traduzo!!! A dona aê entendeeeu?!... 
    Opsss!... O telefone tocou... Vou atender ... ... O telefone tocou novamente...... Fui atender mas não era o meu amooor...... Que pena......Que pena...² 
    ─ Mé que éééé?!...

 ♪¹ -  Versos da canção “Resposta ao tempo”, composição de Aldir Blanc(RJ,1946), compositor e escritor brasileiro e, de Cristovão Bastos, pianista,compositor e arranjador brasileiro,na interpretação de Nana Caymmi,( RJ,1941), cantora e intérprete da MPB;
♪² - Versos da canção “ O telefone tocou novamente”, de Jorge Duílio Lima Meneses(Jorge Ben Jor, RJ/1945), guitarrista, cantor e compositor brasileiro;
*-  Referência ao programa The Voice Brasil, show de talentos, da rede Globo de Televisão;
*¹ - Respectivamente: sabiá, canarinho-da-terra, bem-te-vi, rolinha e, pardaloca;
*² - geração Y- ou geração do milênio ou  geração pos-utopias, antecedida pelos babyboomers e pela  geração X (termo criado pelo fotógrafo Robert Capa , em 1950) e será sucedida pela geração Z –  nascidos no final da década de 70 ,nos anos 80 e meados de 90 (não há consenso nos anos-base) que dominam a tecnologia e a internet,  marcada pelo consumismo, o individualismo e também pela alta capacidade e ambição profissional, onde alguns já alcançaram poder e altos salários (fonte; wikipédia livre – Google pesquisa, acesso dia 14/01/2014);                                *³ -   Referências às reuniões da Igreja Metodista do Monte Castelo e,  à Pra. Simone, da mesma no bairro Dom Bosco, em Juiz de Fora/MG; 
** - dormitar: cochilar; tempo: na língua portuguesa, é usado em vários sentidos: cronológico, climático e sociológico, na gíria, como intervalos do próprio tempo e, no sentido de descansar;  Vésper: o planeta Vênus, conhecido também como Estrela D'Dalva;  trash, no inglês: refugo, lixo, escória, destruir,na gíria: ruim, horrível, barra pesada, destruída;                                                                                                                                         “¹-  Eclesiastes,3: 1 a 8;                                                                                                                                            
"² - Salmos 121:3 e 4;
# - Referências ao telejornal Hoje e aos âncoras e repórteres  


Izabel Cristina Dutra, produzido em JF/MG,  nos dias 14 e 15/01/2014.





Então... 4ª feirah... 5ª feirah...6ª feirah...  Sábaduh...2014 mal chegou e, já vai indo... E o tempo perguntou pro tempo... 

FELIZ ANO NOVO?!*
(Ou ainda... Boas entradas ou  Boas saídahssss?!... )

      Então  ...  Finalmente 2014 chegou...  Com festas e muitas novidades mas já vai indo... Com seu riso e seu  choro e, uma lenga-lenga de acontecimentos bons e ruins, que nem que antes...
      ─ ... E o tempo perguntou pro tempo...  
      ─ Mé que é?! A distinta Srª aê não  já prometeu parar de falar em tempo?!.. 
      ─ Sim!...  E não...
      Caras(os)  Leitoras (es)Temporárias e Anônimas(os) ... Ou não...  Eu prometi  mas não vou cumprir... Vá lá... Quem cumpre todas as promessas que faz? Só o Deus Altíssimo, Cara %  da humanidade que vive e revive todos os dias, debaixo do sol e ao longo deste tempo,  que não  se sabe nem a hora nem o dia em que termina... 
      ─ E que lenga-lenga* ou cantilena é essa de tempo perguntar pra tempo?... 
      ─ É lenga-lenga nãuuum... Talvez cantilena* Ou será  parlenda?*... ... E foi uma dessas esfingezinhas  de plantão que me falou  essa... 
      ─ Mé que ééé? 
      É... Caras(os)  Leitoras(es): Essa parlenda (ou cantilena?ou lenga-lenga?), quem me cantou foi uma esfingezinha** de plantão, no coração dessa cidade vale do Paraibuna...       
     Eu fui lá no último dia útil do ano passado...
      ─ No dia 31, né? E foi bater perninhas, Srª Dona Profª Aposentadah? 
      ─ Não fui bater perninhas nãuuumm... Fui resolver umas  paradinhas ou corridinhas, de fim de ano, como receber o último salarin do ano...  E foi no dia 30, porque o  dia 31 de dezembro de qualquer ano e tempo, in terra brasilis*¹, é completamente inútil pra se resolver querelas e pendengas civis , mesmo pra vc. que não tem alma tupiniquim*...   
      Então... Eu fui lá , e como os caixas eletrônicos ou não tinham dinheiro, ou/e/ou não tavam funcionando ou/e/ou a impressora não imprimia comprovantes, fui dar um rolé e,  esperar que os caixas reais do banco começassem a atender, oficialmente, pra arrancar de suas ávidas mãos as minhas merrequinhas.  Aí... Depois, eu recebi e até me surpreendi porque havia um troquinho a mais...  
      Aí , eu quis  lanchar  em Stambul... Mas lá agora é Hong-kong, desde que os chineses venceram os turcos... Tô falando de restaurantes e do comércio em geral, em jotaefe/emegê...  A filinha e o genro tavam lá. E queriam que eu comesse um tal  de yakisoba*, mas eu já provei e não gostei muito nãuuum... Aí  eu fiquei na torta de frango com catupiri mesmo  e,  com um suquinho de acerola com laranja...  
       A gente comeu, conversou e combinamos o almoço de ano novo. Depois me desgarrei deles e, fui parar às margens de Parayuna*².  Ele continua lá e tava caldaloso, por conta da chuvarada de fim e princípio de estação... As cargas alheias*² diminuíram, dada a intervenção das atuais autoridades municipaes, mas ainda tinha uns lixinhos boiando....
      Quando tava voltando, por aquela ponte*², em meio às corredeiras de gente azafamada ou não, umas dessas lindas e, doces criaturinhas,  perguntadeiras, pulou  bem  na minha frente e lascou-me este enigma : 
      ─ ...O tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem?... 
      E ficou me olhando com olhinhos esbugalhadinhos de curiosidade, como os de Dona Pardaloca, que aliás esteve na minha cozinha, bem  de manhãsinha... Mas nem bem tive chance de atinar com a resposta, ela mesma me atirou sua sabedoria, bem na cara...
      ─ ♪... O tempo  respondeu pro tempo que  o tempo tem o tempo que o tempo tem...♪   
      É... Mais é... Caríssimas (os) Leitoras(es) Temporários ou Não... É... Mais é... Caríssimas(os) Âncoras e Repórteres do meu telejornal preferido*³ ( que aliás tem tempo no nome): 
      A  que considerável  % da  humanidade pertencemos? A que nem sabe quanto o tempo o tempo tem?  E o que tem  haver isso tudo com ano velho e ano novo?... E com boas entradas e  boas saídas? 
     Isso só respondo depois,  porque agora tá na hora de providenciar um lanchinho e, assistir Joia Rara*³... Me aguarde...  Me dê só um tempinho, valeu?!

* - lenga-lenga: frase cantada com ritmo e rima ou conversa repetida sem objetivo; cantilena: refrão de música com melodia suave e repetido; parlenda: frase com jogo de palavras repetidas ou semelhança de sons, brincadeira do folclore infantil também conhecido com trava-línguas; yaisoba: prato da culinária japonesa com macarrão frito  com molho de carne ou legumes;
** - Referência  a crônicas sob os títulos: “E se não houvesse amanhã” e “ O Retorno da Esfinge”, da mesma autora no mesmo blog;
*¹ - Referente a Brasil ou à nacionalidade brasileira;
*² -  Nome indígena de Paraibuna: rio de águas escuras, referência ao poema “Nas Sagradas Águas de Parayuna”, do livro  “... Das Almas de Minas...”, da autora;
*³ - Referência a âncoras e repórteres do  telejornal Hoje e, à novela das seis , da Rede Globo de Televisão.

 Izabel Cristina Dutra, produzido em JF/MG, no dia 04/01/2014.