quinta-feira, 29 de maio de 2014

Áá-bê-cê-dê-jota-efe-emê-gê...


Então... Maio veio vindo... E já vai indo... Maio de  meia-estação,mãe, menina, matrimônio, mega-evento, manifestação e município e de...




(  E de... Mé que ééééé?!... E o salário?... Oh!...**)

      Então... Maio veio vindo...  E vamos combinar... Não  foi um maio mais ou menos, embora seja de meia-estação... Foi bem colorido e variado... Desde o verde e amarelo, azul e branco das feiras, das lojas, das barraquinhas de camelôs & cia, até os tons nublados, azulados, acinzentados, enluarados, arroseados e estrelejados deste ceuh de outono!... Que ceuuuuh, meu Senhor!... E já vai indo... 
     Maio de mãe de tudo quanto é jeito: de primeira viagem, de nada preparada, ansiosa, preocupada, cansada, muitas vezes amando sem ser amada e, até desleixada que nem a Mãe-joana!...  Envia teus Anjos. Senhor!...   
     Maio de muitos matrimônios chiques, pobres e até comunitários: uns começando, outros balançando... E outros se acabando... Acode, oh Deus!...  
     Maio de mega-eventos: que já se deram como a Festa Country*  e dos que vão acontecer feito a Copa das Copas in terra brasilis*¹!  Deus... Põe teu poder!   
     Maio deste município deste vale do Rio Paraibuna*... 
      ─ Mé que ééééé?!...Minha muito querida Mestra  Aposentadah, não entendi nada! A  Mãe Muito Não Sei o Quê aê mandou bem... Mas não explicou... O que tem o alfabeto a ver com tudo isto?... 
     ─  Maio! E o salário ...Oh!... 
      O que o alfabeto ou o analfabeto tem a ver com isso? Eu não sei!... Só sei que foi assim... Neste maio que veio vindo e já vai indo, em plena 5ª feira - dia da nossa feirah, aqui in Branca  Mascarenhas in Monte Castelo*, eu tinha que ter ido depois ao coração de uma senhora do interior de Minas Gerais,  que vai fazer 164 anos no próximo dia 31, resolver umas coisinhas de nada e atender uma cliente...
     ─ Mé que ééééé?!... 
     ─ Maio ... E o salário ... Oh!... **
      Tô falando do coração desta cidade mineira, deste vale mineiro do Rio Paraibuna*  bem mais mineiro assim... A rua Halfeld, o Parque Halfeld* e adjacências... 
      Pois é... Eu tinha ido à feira e Daniel , meu bat-ajudante de todas as 5ªs.,  me trouxe as sacolinhas, com todos os legumes, frutas e gostosuras... 
      Eu tinha  acondicionado tudo nos potinhos na geladeira, eu tinha feito o almoço e tinha me preparado para ir ao Centro urbano desta urbes... Mas um telefonema mudou meu programa... Era a cliente,  do centro da cidade, mudando a hora e o dia do encontro...
     ─ Mé que ééééé?!... 
     ─ Maio ... E o salário ... Oh!... **
      Então... Já que não ia mais ao coração desta cidade-vale e polo de tudo quanto é bom, ruim ou nem tanto, fui acabar de assuntar os assuntos pendentes, no coração deste bairro entre os montanhas de Minas... Foi aí que ela pulou bem na minha frente: Menina Filinha Pulante,Dançante e Cantante... 
      ─ Mé que ééééé?!... 
      ─ Maio ... E o salário ... Oh!... **
       É... Pulava, dançava e cantava: 
       ─ ♪... Áá-bê-cê-dê-jota-efe-emê-gê...♪... 
       ─ Mé que ééééé?!... 
       ─ Maio ... E o salário ... Oh!... ** 
        É... Pulava, dançava e cantava...
        ─ ♪... Áá-bê-cê-dê-jota-efe-emê-gê...♪... 
        E Manhê Cansada Nervosa Porém Carinhosa e Cuidadosa e  Preocupada,  com a alfabetização na idade certa*², corrigia: 
        ─ Não, filinha querida... É ♪... Áá-bê-cê-dê- efe-gê-agá!...♪ 
        E Filinha teimava:
        ─ ♪... Áá-bê-cê-dê-jota-efe-emê-gê...♪ 
        ─ Mé que ééééé?!... 
        ─ Maio ... E o salário ... Oh... ** 
         É!!!...  E Manhê corrigia e acrescentava: :
         ─ ♪... Áá-bê-cê-dê-éé—efe-gê-agá-iii-jota-ele-emê-enê-óóó-pê-quêêê-erre-esse-tê-uuh-vê-xis-zêê... E ainda tem o káá, o dabliu e o ypsilone!...
        Mas Menina Filinha Pulante,Dançante e Cantante teimava, cantava, dançava e pulava bem na nossa frente: 
        ─ ♪... Áá-bê-cê-dê-jota-efe-emê-gê...♪... ♪... Áá-bê-cê-dê-jota-efe-emê-gê...♪...
        ─ Mé que ééééé?!... Não tô entendendo nada!... 
        ─ Maio ... E o salário ... Oh! ...** 
         Nem nós estávamos entendendo nada! Mas Deus quando não vem  em pessoa pra explicar, manda um Anjo... Aí  passou um moleque, destes que baixam todo e  qualquer toque de chamada no seu celular,  que tinha baixado este som: 
     ─ ♪...Viva a Princesa de Minas!...♪...♪... Viva a bela Juiz de Fora...♪...Que caminha na vanguarda...♪... Do progresso, estrada afora...♪¹... Capisce?...*³♪
      ─ Capisco*³ muito beeeem!Menina Pulante Dançante Cantante e o Moleque Baixante de Todo e Qualquer Som no seu Cel. tavam comemorando o 164º aniversário do seu município natal! 
      ─ Siiim pirimlimplimplim...
     ─ ... Mas...Oh! Magnífica Guru**...O que é que tem salário com aniversário de município, matrimônio com  mega-eventos que ainda não se deram e manifestação?! E que negócio de clientes em centro de cidade?!!! 
      ─ Maio!... E o salário?... Oh!...** 
      Caríssimos (as) Outros(as) Leitores(as) que entendem tudo que  eu falo:   Agora tá um friozinho nesta noite de maio... Pelo menos aqui in Branca Mascarenhas in Monte Castelo in Jotaefe/Emegê/ ♪...Brasiiiil!...♪ ... 
     E eu tô com soninho...Uaaaah! Amanhã, esclarecerei tudo pra essa Srª Sei Lá O Quê...  Amanhããã...Booooah noi...tii...


Então... Maio veio vindo... E já foi indo... Maio de  meia-estação,mãe, menina, matrimônio, mega-evento, manifestação, magistério e município e de... 


         ─  Mé que é?!... Na versão anterior não havia magistério nãummm...
        ─Havia sim...  Talvez subliminarmente... Mas havia... Tá esquecendo que a Cronista aqui já foi educadora da rede pública  de ensino municipal? Foi não, né? Ainda é... Só que a-po-sen-ta-dah...
      ─ Mé que é?!...
      Pois é... Então... Maio veio vindo...  E já foih do verbo fuuiiih! E vamos combinar...
      Hoje já é junho... Eu te dei um toko e tu não percebeu!... Foi sem querer, querendo!  
      Pois no 30º dia desse já ido 5º mês deste 2014º Ano da Graça Celestial,eu – esta cronista professora aposentada do magistério público municipal que vos fala – levantei-me às 5 hs. e 30 mins, dei procedimento à alimentação e medicação diária e saí  de casa às 6hs. e 20 mins precisamente... 
      ─ Foi bater perninhas tão cedo assim, donah?!... 
   ─ Nãummm... Fui participar do encerramento da Semana de oração e consagração na minha comunidade de fé....**¹ E saiba V.Sª que oramos por mim, por vc., por nossa e vossa família & comunidade, a saber: bairro, zona, cidade,região e nação... 
     Depois, como era o último dia útil fui fazer umas coisinhas de nada no coração dessa cidade do Vale Paraibuna... 
     ─ Foi bater perninhas no centro, donah?!... 
    ─ Nãummm... Fui fazer o que ninguém podia fazer por mim: receber as merrequinhas de aposentadah do magistério público municipal...
    ─ Merrequinhas?!... E asso meus dedos, meus medos e meus sonhos naquela chapa, doze horas por dia por um salário mínimo e, a donah aê tah reclamano?! 
    ─ Tô!... E é reclamando, meu caro amigo chapeiro... E tu também devias reclamar... 
    Na boa! Caros(as) Amigos(as)  Chapeiros(as) Jovens ou Não: 
   Comecem  reclamando  e clamando por uma educação de qualidade, que começa em pagar bem seus(suas) mestres(as) e, depois vc.s vão poder reclamar de todo o resto.
   Por mais de 30 anos, nós, professores(as) da antiga ( e da nova também) assamos nossas cucas, nossas almas, nossos sonhos, nossos recursos pessoais e financeiros pra educar e instruir anjos(as) , arcanjos(as) e marmanjos(as). E o salário ...Oh!... ** E muitos de nós já se aposentaram e até morreram, em sala de aula, só por um pouquinho de dignidade a mais para os que afinal lançam as sementes do amanhã desta nação! 
     ─ Pô ... A donah aê rasgou meu coração... 
    ─  Pois saiba que eu quero rasgar tua alma, antes que tu se perca na multidão que virá pra ver Copa das Copas in terra brasilis
    ─ Mé que é?!... 
     Então... Maio veio vindo... E o salário ...Oh!...**  E já vai foi do verbo fuih... E veio junho... 
    Junho de já tá muito frio... De já se foi o niver de Jotaefe/emegê... E o salário ...Oh!... ** De já tô aposentadah há dois anos... E o salário ...Oh!...  De já não sei o que dou presente no niver da Filinha já muito crescidinha pois... E o salário ...Oh!...  De já tão gastando muito por conta da Copa das Copas in terra brasilis*¹ e umas coisinhas de nada com a educação (e etc.s), no Brasil ...   E o salário ...Oh!... **
    É  junho de já vou indo dormir mas antes vou ler a Palavra e orar pra ver se eu, tu, nós, eles acordamos, antes de assarmos nossas esperanças por aê...
    ─ Mé que é?!... 
    É... Assim mesmo... E o salário ...Oh!... ** Mas eu explico amanhã... Tô indo do verbo fuuuiiiih!

          Izabel Cristina Dutra, produzido em JF/ MG entre 29/05/ e 02/06/2014.

** - Referência a  bordões de personagens do quadro de humor de TV  “ Escolinha do Prof. Raimundo”, da Rede Globo;
**¹ - Referência à Igreja Metodista, do bairro Monte Castelo, JF/MG;
*- Referência a logradouros da cidade de Juiz de fora/Mg/Brasil;
*¹- Referência à festa popular no Parque de Exposições em JF/MG e à Copa do Mundo 2014;
*² - Referência ao programa do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa;
*³- Expressões do idioma italiano que significam entende, entendo;
♪¹ - Versos do hino oficial do município de Juiz de Fora/MG.


quinta-feira, 15 de maio de 2014

Sob o ceuh dessa terrah brasilis

Então... Eu tava laaah... Quer dizer... Eu mais eles... Ou eles mais eu... Laaaah.... no comboio coletivo do busão...
Sob  o ceuh dessa terrah brasilis  I

            E aquele  ceuh tava lindô! ... 
       Da janela , eu via aquele céu azulinho se roseando e, se preparando para o gran espetáculo nocturno de outono: estrelejado e enluarado de uma fria noite de lua cheia de maio! Eu tava laaaah... Na terrah totalmente brasilis... 
       Quer dizer... Eu mais eles... No comboio coletivo do busão da faixa branca... Dois 602 +  um 600 + um 601 + outros de outras centenas de outras  faixas... Na hora do rush... Bem naquela avenida dos democratas*, bem perto daquele colégio.... Bem na saída do turno da tarde... 
       Cê que já veio ou já morou aqui, nessa cidade do Vale do Paraibuna sabe do que tô falando... Aí... O busão anda, para,anda de novo, para de novo, anda e para de vez... 
       Aí... A gente tava lá mesmo, né? Eu mais eles: uma certa Profª Aposentadah, um outro Sr.Nem Tanto, uma Sra. da Língua Afiadísssima, um certo Rapaz Pode Contar Comigo, uma Mamãe de Primeira Viagem e seu Filinho Mais Lindo do Mundo e, um Certo Moço Chapeiro, que não era o meu jovem  amigo*¹... E outros passageiros menos o motorista e trocador... 
       ─ Me que ééééé? Tava sem motorista e sem trocador? Como tava circulando? 
       ─ É brincadeirinhaaaah! E por causa daquele ditado... Aquele.. Tudo na vida é passageiro, menos o motorista e o trocador...
       ─ Num tô falando?... Começou a tiah aê fazer onda... Ataia, Dona Cronista... 
       Então, Caros Leitores(as) Saudosos(as) de minhas ondas: 
       Eu tava lá... Quer dizer... Eles mais Eu... A gente távamos lá... No comboio coletivo do busão que parou de vez... Aí já que nós tava mesmo sem fazer nada... A gente debatemos... Ou seja fizemos uma rodinha de opiniões, pitacos...Eu penso assim, tu pensas assado,  ele e ela não tavam pensando nada...    
      ─ Tavam é se azarando!...
    ─  Me que éééé? Para de arrodear e ataia, Dona Cronistah!!! E que negócio da gente tavamos e nós tava? Cadê a  regra da concordância verbal?!... 
      Pois é... Ataio mesmo mais só depois.... Que agora vou aviar a janta e, vou na terça de oração e de vitória, lá na Igreja*²... Mas eu voltoh pra contar qual era o tema e quais foram as conclusões do debate ...  E pra vos falar da concordância verbal ...Ou da discordância 
    ─ Voltuh mexmo!!!... ... O céu contempla tua Glória e o firmamento a obra de tuas mããos...¹ 
      ─ Num falei que ela despista, enrola e depois canta?!!...

    PS: SOBRE REGRAS DE CONCORDÂNCIA VERBAL: EM PORTUGUÊS, A REGRA    GERAL É SIMPLES – O SUJEITO CONCORDA  COM O VERBO EM PESSOA E      NÚMERO...

Sob  o ceuh dessa terrah brasilis  II

       Então... Ontem e anteontem, eu te dei um toco... Disse que voltava mais não voltei... Quer dizer, só voltei hoje... Eu tava lá.... Quer dizer: eu mais eles távamos laaah! Ou será eles mais eu – a gente – tava lá?... 
       ─ Dona Bebel Cronista, Profª de Portugues Aposentadah... Por favor... A  Srª não aposentou as regras de concordância verbal também, né?!
       ─ Brincadeirinhaaaah! Eu  e eles estávamos lá ou, eles e eu estávamos também! 
       Ah! Quer saber... A gente estava laaah! So o ceuh dessa terrah brasilis ...  
       E aquele ceuh tava lindô ...  Hoje, também tá! Já passou do dourado róseo  friorento das manhãs de outono ao azul safira manchetado de nuvens cinzas-brilhantes de agora...
      ─ Ataia, Dona Cronista... 
      Ataio, sim... Pois eu tava lá...Quer dizer... Eu mais eles távamos ... No comboio coletivo do busão da faixa branca... Aí o busão parou bem antes daquele colégio... Parou e ficou!... Aí eles mais eu – a gente – deu  início ao debate...  
      ─ E o tema? 
      ─ O tema?!!!
      Caros(as)  Leitores(as) Compatriotas ou Não: 
      O tema era a Copa das Copas, ou seja, a Copa in Terra Brasilis, é claro!...
      ─ Ah! Já sei... Debateram! Debateram! E depois de tanta discordância, não chegaram a conclusão nenhuma!...
      ─ Naninaninanaum!... 
       Caros(as)  Leitores(as) Compatriotas ou Não:  
       Chegamos sim! Chegamos depois de muitas discordâncias e concordâncias também, às seguintes conclusões
       A gente somos mineros(as)... E aí tamos sempre nem contra nem a favor...  Muito pelo contrário... Depende, uai!.. Mas nois é brasileros(as) tamém! Aí a gente ficamos a favor de uma Copa in terra brasilis, sim!!! Mas... Como bãos(boas) mineros(as) que nois é, nois disconfia... Tem um povo aí que tão querendo  concordar festa  com marmota, construção com corrupção, manifestação com alienação e arrebentação, desenvolvimento com superfaturamento, retorno com suborno... E eteceteras... E nois fica como? 
      ─ É... É...É?! Mas é?! E as regras da concordância verbal, Donah Cronistah? 
      ─ Ah! As regras... 
Depois eu falo delas... Que agora eu tenho umas coisinhas de nada, pra fazer... Mas eu volto! 
─ Voltuh mexmo!!!... ... O céu contempla tua Glória e o firmamento a obra de tuas mããos...¹ 
─  Não falei? Enrolou de novo! E saiu cantando de novo... Outra vez!... 

PS: SOBRE REGRAS DE CONCORDÂNCIA VERBAL: EM PORTUGUÊS, A REGRA GERAL É SIMPLES – O SUJEITO CONCORDA  COM O VERBO EM PESSOA E NÚMERO.  AGORA... TEM AS REGRAS ESPECIAIS E AS EXCEÇÕES...  MUITAS EXCEÇÕES!SE TU QUER SABER MESMO, COMPRA UMA GRAMÁTICA.  OU SE MATRICULA NUMA AULA PARTICULAR DE PORTUGUÊS...OU PESQUISA NO GOOGLE... OU... QUANTO A MIM, SE EU TENHO QUE ESCOLHER O SUJEITO, SERAH QUE NÃO DAH PR’EU CONCORDAR COM ELE DO MEU JEITIN? Ó... XENTE!...

─ Mé que éééé...?

 So o ceuh dessa terrah brasilis  III

    Então... Ontem  eu  voltei e contei  pra vc. ou, procê ou, pra  você ou, para  Vossa Mercê... Eu tava lá.... Quer dizer: eu mais eles távamos laaah! Ou será eles mais euAh! A  gente tava laaah! Sob  o ceuh dessa terrah brasili !  E aquele ceuh tava lindô ...  Hoje, também tá! Já passou do nublado geral e   friorento de certas manhã de outono ao azul safira com pinceladas de branco, de agora... 
      Pois é... Eu tava lá...Quer dizer... Eu mais eles távamos ... No comboio coletivo do busão da faixa branca... Aí o busão parou bem antes daquele colégio... Parou e ficou!... Aí eles mais eu – a gente – demos  início ao debate... E o tema?... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... .. ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 
   ILMOS(AS) LEITORES(AS): INTERROMPEMOS A PRODUÇÃO DESSA CRÔNICA, PARA QUESTIONAR O ESTILO DESSA INSENSATA  CRONISTA. SE ELA  E OUTROS(AS)  CIDADÃOS(ÃS) INCULTOS(AS) CONTINUAREM IGNORANDO AS REGRAS DE CONCONCORDÂNCIA E OUTRAS REGRAS   GRAMATICAIS MUITO IMPORTANTES, COMO É QUE OS DIGNISSÍMOS TURISTAS ESTRANGEIROS, QUE VIRÃO AO INSÍGNE CAMPEONATO DE FUTEBOL MUNDIAL A SE REALIZAR PROXIMAMENTE EM NOSSO TORRÃO NATAL, VÃO ASSIMILAR CORRETAMENTE O NOBRE IDIOMA PORTUGUÊS?... 
             ─ Mas  che cosi são questas que esta madame está hablando acima?!...
     Então... Caros(as) Outros(as) Compreensivos(as): Cês acham que a estrangeirada que virá assistir à Copa das Copas, ou seja, à Copa in Terra Brasilis, vai querer ficar decorando regrinhas de concordância não sei das quantas, com tanta beleza natural (ou não...!) pra se apreciar neste nosso torrão natal?! Vai é nada!!... Inda mais regras de um português tupiniquim, que cada um fala do seu jeito – em sua comunidade, em sua cidade e em sua região. E, nisso concorda comigo uma certa senhorinha de minhas relações, minha irmã em Cristo, assembleiana e baiana, radicada aqui desde a mais recente migração nordestina, nessa cidade do Vale Paraibuna e que argumentou magnificamente: 
         ─ Ó... Xente... É fato isto aí!  E  tem uns que num vão  nem prestá atenção nem nas regra do jogo... Vão é ficar de olho nas belezura e nas moçoila casadoira! E justo aqueles que já virão  pra modo de ficar  mermo, pra sempre nessa nossa terrinha hospitaleirah! 
       E que concluiu mais magnificamente ainda: 
      ─ Vão ter que arranjá um jeitinho brasilero de ficá!  E ainda vão ajudá nois a discordá dumas coisinha de nada meia errada, por aqui! ─ Mas o que é que a Sra. Cronista está insinuando aí? 

PS.  ILMOS(AS) TURISTAS ESTRANGEIROS(AS): CASO VOSSAS SRª s TENHAM O DESEJO DE APRENDER A LÍNGUA PORTUGUESA CORRETAMENTE, COMPRE UMA GRAMÁTICA, OU PESQUISE NO GOOGLE OU ENTÃO... PEGUE UMAS AULINHAS PARTICULARES COM PROFª DE PORTUGUÊS APOSENTADAS E AJUDE UMA EDUCADORA A COMPLEMENTAR A PARCA RENDA 
     ─  What is thiiiis?  

  So o ceuh dessa terrah brasilis  IV

     Então...  Ontem  eu  voltei e contei  pra vc. ou, procê ou, pra  você ou, para  Vossa Mercê... Eu tava laaaah.... Olhando aquele ceuh e debatendo Copa das Copas, ou seja, à Copa in Terra Brasilis, no busão e... ?... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...???  
ILMOS(AS) LEITORES(AS): INTERROMPEMOS A PRODUÇÃO DESSA CRÔNICA, PARA AVISAR A NOBRE CRONISTA QUE OS(AS) TURISTAS ESTRANGEIROS (AS) NÃO ENTENDERAM NADA DO QUE DISSE  NO SEU POST-SCRIPTUM ACIMA...  ─ Ah!... Não?!... Então tah...POST-SCRIPTUM: (OR PS.) ILMOS(AS) TURISTAS ESTRANGEIROS(AS): CASO VOSSAS SRª s TENHAM O DESEJO DE APRENDER A LÍNGUA PORTUGUESA CORRETAMENTE, COMPRE UMA GRAMÁTICA, OU PESQUISE NO GOOGLE OU ENTÃO... PEGUE UMAS AULINHAS PARTICULARES COM PROFª DE PORTUGUÊS APOSENTADAS E AJUDE UMA EDUCADORA A COMPLEMENTAR A PARCA RENDA.
ILMOS (AS) FOREIGNS TOURISTS: IF YOU HAVE THE DESIRE TO LEARN THE ENGLISH LANGUAGE CORRECTLY, BUY A GRAMMAR OR SEARCH GOOGLE… OR ELSE… TAKES SOME CLASSROOMS   INDIVIDUALS WITH  OF RETIRED PORTUGUESE’S TEACHERS AND HELP A RETIRED EDUCATOR THE LITLE INCOME SUPPLEMENT!
ILMOS (AS) TURISTAS EXTRANJEROS (AS): SI LOS SEÑORES Y SEÑORAS TIENEN EL DESEO DE APRENDER EL IDIOMA INGLÉS CORRECTAMENTE, PUEDE COMPRAR UNA GRAMÁTICA O BUSCAR EN GOOGLE… O BIEN ... PAGAR LA MATRÍCULA PARA UN PROFESOR JUBILADO DE PORTUGUÉS UN eDUCADOR Y AYUDAR A SU SUELDO ADICIONAL PEQUEÑO!
ILMOS (AS) TURISTI STRANIERI: SE IL  SIGNORE O LA SIGNORA HANNO IL DESIDERIO DI IMPARARE LA LINGUA PORTOGHESE CORRETTAMENTE, COMPRARE UN GRAMMATICA O DI RICERCA DI GOOGLE …O ALTRO ... ACCHIAPPARE LEZIONIPRIVATE CON INSEGNANTE PENSIONATA  DI PORTOGHESE E AIUTARE UN EDUCATORE PENSIONATO SUPPLEMENTARI IL PARCA DI REDDITO!
ILMOS (AS) DES TOURISTES ÉTRANGERS (AS): SI LES SEIGNEURS OU LES DAMES ONT LE DÉSIR D'APPRENDRE LA LANGUE PORTUGUAISE  CORRECTEMENT, ACHETER  UNE GRAMMAIRE OU  RECHERCHEZ AU GOOGLE... OU BIEN ...  PAYEZ DES COURS PARTICULIERS A UNE MAÎTRESSE DU PORTUGAIS ET AIDER UNE ENSEIGNANTE RETRAITE POUR COMPLÉTER LEUR MAIGRE SALAIRE!
ILMOS (AS) AUSLÄNDISCHE TOURISTEN (AS): WENN DIE HERREN E DIE FRA  WOLLEN RICHTIG ZU LERNEN, LEARN PORTUGIESISCH  LANGUAGESIE  ZU KAUFENEINE GRAMMATIK ….ODER GOOGLE-SUCHE… OR ELSE ... LOHN FÜR STUDIEN EMERITIERTER PROFESSOR DER PORTUGIESISCHEN UND HILFE LEHRER AUF IHRE ZUSATZ KLEINEN GEHAT.

אני תיירים זרים (AS): אם יש לי האדונים וגברות ברצון ללמוד שפה האנגלית בצורה נכונהלקנות
דקדוק או חיפוש של גוגל או אחר ... לשלם את שכר הלימוד למורה לפורטוגזית ולעזור בדימוס מחנ
קטן נוסף המשכורת שלך!

أنا سائح أجنبي (ع): إذا كان اللوردات والسيدات لديهم الرغبة في تعلم اللغة الانجليزية بشكل صحيح شراء GRAMMAR أو البحث GOOGLE وإلا ... دفع الرسوم الدراسية للمعلم اللغة البرتغالية ومساعدة يتقاعد EDUCATOR و إضافية صغيرة راتبك!

私外国人観光客(AS):LORDSと女性は、文法を購入したり、Googleで検索あるいは...ポルトガル語教師の授業料を支払い、退職教育者ザを助ける、正しく英語の言語を学ぶ意欲を持っている場合小容量の給料!


我外國旅遊者(AS):如果閣下和夫人不得不學習英語的正確買一本語法或搜索Google否則...交學費為葡萄牙語老師,幫退休的教育家的願望另外一個小你的薪水!
      ─ Me que ééé?!
    ─  É... É...É!... Vc. não conhece o Google Tradutor (Or Translate Google)  nãum?! Pois eu conheço e uso bastante esta prática ferramenta da net! E sei usar direitinho... Quer dizer... Menos em hebraico, árabe, japonês e chinês.....kkkkkkkkkkkk! 

*- Referência a logradouros públicos de Juiz de Fora/Mg:  Rua dos Andradas; 
          *¹ - Referência a personagens de outras crônicas de4ste mesmo blog; 
          *²- Referência aos cultos da Igreja Metodista do Monte Castelo, em Juiz de Fora/MG
    ♪¹ - versos do hino de louvor “Deus Soberano”, com Adilson Silva, interprete e compositor brasileiro de música gospel.


Izabel Cristina Dutra, escrito em JF/MG, entre os dias 13, e 16 /05/2014.

domingo, 11 de maio de 2014

Elas&Eles&Eu...

Aí... era o 5° dia UTI de não sei que mêsl.... Não sei mais pra quem não sabe também, era daqueles dias que Juiz de Fora e adjacências e microrregião (quer dizer, micro é modo dizer, porque segundo um professor colega meu diz que  chega a de 180 municípios...).  Tudo e todos vem para o coração da cidade – o  Calçadão! – para  consultar, receber e pagar, comprar e vender e dar e sofrer golpes... e zuretar!!!  Pois é ... Num dia como esse dia, eu não tava lá mas elas tavam! E Ela me contou:
As mães  e a menina da mãe 
( Ou, um causo de mãe de improviso e, de recurso de Deus...)

      Eu não tava lá... mas Ela tava... Ela? Ah... Uma senhorinha da cabeça branquinha, franzininha...  Me lembra uma  certa irmã em Cristo...Ela mora no Morro da Glória*, acho né... E se chama Vitória, acho né... Pois é... Ela me contou... 
      ─ Sabe naquele  lugar onde,  naqueles dias úteis ou inúteis,  o rio de gente do Calçadão* desagua no mar de gente da Avenida do Barão* e, provoca uma pororoca e depois inunda o Parque, o  do dr. Halfeld*? 
      Pois é... Foi num dia como estes que ela salvou da morte certa  a mãe e a menina da mãe. 
      Essas, eu  cá nunca vi, mas sempre conheci... A mãe, seca e magra,  com a castigada pele negra ressecada e os cabelos crespos despenteados e assustados... A menina, sequinha e magrinha, com a aveludada pela negra e as trancinhas crespas bem cuidadas, presas com tererês coloridos, que eu acho lindôs...  Não sei o que  vc. acha ... 
      Pois é... Elas vendem coisas no sinal, no ponto de ônibus, na fila de banco... 
      Aí ... Enquanto ela me contava com tantas cores, tantos sons,  um filme passou na tela de  minha alma ... 
      E eu, que nem  tava lá, acabei estando e presenciando, senhores!...  Vendo e vivendo tudo e, com detalhes!... 
      ─ A mãe e a minina da mãe tavam atravessando a Avenida do Barão, fugindo do rapa  do Calçadão*...  
     Pois é... Elas queriam se esconder no Parque*, na sua multidão de cores, de sons, de luzes e, de gentes... Todos filhos de alguma mãe, com certeza!... Mas o sinal abriu... A mãe atravessou, mas a menina ficou... 
     E, a mãe chamava em vão e, a menina não sabia se ia ou não ia!...  A senhorinha gritava:      ─ Num chama não! Deixa o sinal fechar! 
     Mas a mãe não pensava .. Só via o rapa chegar e pegar a sua minina! ... E a morte rondava iminente, pois carro de avenida nunca vê a gente!!!  Foi então que a senhorinha gritou: 
     ─ Valha me Deus e envia os Anjos teus! 
      E Deus fez o quê? Ele enviou!... Eles!...Os moços do sinal fechado: os dos  malabares de fogo!.. Eles não ficam normalmente ali... Elas ficam lá, onde Avenida do Barão* cruza com a Avenida dos Democratas*... Mas como foram aparecer ali?... 
      ─ Não sei!... Só sei que foi assim!..*¹   
      Então...Eles apareceram lá e, tomaram de assalto a faixa quente de asfalto... E fizeram carro frear, moto voltear e coletivo se sacolejar, malabareando a Vida... No tempo certo da senhorinha abraçar a menina, tão franzininha quanto ela e, atravessar pra a faixa segura do lado de lá... 
      Eu não tava lá mas acabei estando e, abraçando e, sentindo as suas mãozinhas trêmulas nas minhas... E o  meu olhar se encontrando com aquelas duas jabuticabas brilhantes... E dando um abraço gostoso, no final da aventura: mãe, minina da mãe e a outra mãe!...  
      Eu não tava lá mas ela tava e  do jeito que me me contou, eu vi e vivi aquele momento lindô!... 
       Naquele 5º dia, hipermega útil – eu, mãe, menina, senhorinha, ouvinte e, vivente – a gente se salvou!... Foi Ela quem   me contou e  depois,desceu  bem ali no Morro da Glória*... Dando tchauzinho pra mim, pro motorista e pro trocador...  
     ─ Tchauzinho ,D. Vitória,  Mãe de improviso e, de recurso do Deus Salvador! E Feliz Dias das Mães, em qualquer ano, em qualquer mês e, em qualquer Dia!

* -  Referências a logradouros públicos da cidade de Juiz de Fora/MG, respectivamente: adjacências da Paróquia de Nossa Senhora da Glória, Calçadão da Rua Halfeld e do Parque Halfeld, Avenida Rio Branco,  Largo do Riachuelo  e Avenida dos Andradas;
*¹ - bordão de personagem do filme “ O Auto da Compadecida”, baseado na obra de Ariano Suassuna(João Pessoa/PB,1927),poeta, dramaturgo e romancista brasileiro.

 Izabel Cristina Dutra – escrito em JF/, 2010 e reescrito em 11/05/2014.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Revisitando o passado...

Era um certo agosto, mas não conseguia me livrar deste desgosto de vê-los assim amas ruas... E ontem, eu os revi, lá mesmo no Largo do Riachuelo: umas das minhas princesas descalças e um dos reis das ruas. Ela usava um saião e uma linda blusa azul combinando com a capa de uma enorme bíblia. com  o terno do marido e,  com a capa do carrinho do bebê... Eles estão  morando em certo recanto da cidade e congregando numa igreja do centro.. Teve uns tempos que não era assim. Eh parece que o Rei dos reis ouviu o  nosso clamor e mudou o destino de ... 

Uma outra princesa descalça e  de um rei das ruas 

I
     Aí era um dia depois do depois do 5º dia útil de um certo agosto...  As liquidações de inverno já haviam começado... E a cidade não havia sossegado... As moças das lojas já estavam na porta, oferecendo um lindo sorriso e um lindo cartão, enquanto um rapagão anunciava a melhor promoção!  Eu tinha escapado ilesa da pororoca de gente do Calçadão. Eu tava lá, cheia de pastas e sacolas, coisas de casas e coisas de escola...Eu tava lá, no Largo que tem nome de riacho e também é Praça eu acho...
     Ah! Cê não sabe nem que Largo nem que praça é essa...  Aquele (a), que de um lado fica um montes de lojinhas e entradas para o shopping que tem nome de fábrica...  e  do outro, a Avenida do Barão prestes a se encontrar com a Rua dos Andradas, parentes do democrata, eu acho!Pois...  
    Eu tava lá... Os moradores do condomínio Monumento às Forças Armadas já tinham se debandado, indo cavar a sua vida dura e, o pão recheado de amargura, que nem aquele “o não sei o que digo” quer amassar nem tampouco degustar!O ponto de ônibus estava lotado e o trânsito engarrafado! Passeata agora cedo? Acidente com irmão do Alfredo?  Não sei... mas sei que eu tava lá e ela também! Ela? 
    Uma linda moça negra! Uns restos de mega-hair maltratados, uns restos de vestido curto estampado e os pés secos, magros e descalços... E dançava! E sorria! Que idade tinha? De onde vinha? Não sei! Só sei que dançava uma música que só ela ouvia, e executava uma coreografia de sua autoria...  Me jogou um beijo e  me saudou:
     ─ Oi, tiaah!...

II
      Tiaaah? Que menina era, das muitas a quem encontrei, das muitas a quem ensinei? Daiannah Aparecida ou Sthephanny Cristina? Nome difícil, família difícil, vida difícil... Que menina era aquela?  Ele me esclareceu. Ele? O andarilho mais gentil daquele point.                     ─ Aí, princeeesa! Que beleeeeza!
     Ah! Ela era  mesmo um membro da realeza... A das ruas – que reina com o sol do dia e reina à noite, com a lua...E eu tava lá... Eles também e agora tinha muito mais gente... Não sei se esperando o coletivo ou assistindo ao baile da corte local...Porque, de repente... Ele deu um salto, um rodopio e, em gestos galantes, tirou a dama real para dançar e formaram um lindo par... Rodopia pra lá, rodopia pra cá numa valsa que  ninguém mais ouvia. A platéia embevecida estava quase a aplaudir, quando gritos se fez ouvir
     ─ Graciqueliiih! Sua safada! Que piiinnn... é esse aí? Sua piiiinnn...! Tá pensando que sou piiiinnn, sua piiinnnnn!
     Que gritos eram? De quem eram esses gritos?? Era de um cidadão, morador do condomínio da Praça ou, um membro alijado da realeza e da diversão. Sei que se instalou a discussão, entre a dama, o cavalheiro e o ofensor, mais os executivos do escritório de negócios paralelos e informais, que funciona na esquina do Largo, bem perto da banca e das cabine dos meganhas.
     Ah! Agora cê se situou? Pois é... A discussão se ampliou e já ia já virar agressão, quando por instinto de mãe e de mulher, eu gritei:
     ─ Meu Deus, acode! Eles vão bater nele.
     ─ Ah! Não vão não! – atalhou um cidadão que estava ao lado e eu nem tinha reparado! Era um senhor de meia- idade, bem fortinho e bem malhado, parecia ter sido soldado...
Também descalço!  Cheio de autoridade de guardião da cidade, o rei do pedaço:
      ─ Ah ê! Ah ê! Circulando! Po parar! Po parar! Todo mundo vazando...

III
     E vazaram e  circularam mesmo!  Cavalheiros obedientes, vassalos cabisbaixos e, a princesa indo retocar a beleza nuns restos de espelhos entre restos de zelos! Sim! Agora  eu me lembrava: Gracy Khelleyn. É assim que se escrevia no tempo que lei para isso não havia, para frear a paterna imaginação e o desvario do escrivão! Assim se chamava a princesa descalça.Mas mal tive tempo de me dar ao direito de identificar, de perguntar:─ Que  destino triste era esse que me fazia reencontrar essa menina de nome difícil, família difícil, vida difícil morando na rua?Ela já também estava circulando acompanhada do rei, que a levava pelos braços, em passadas largas e meio a sentença de uma senhora, desculpe... Uma cocoroca*:
       ─  Agora vão encher a cara de pinga e de droga, lá na Praça da São Sebastião!...
      Era um  outro agosto... mas ainda não me livrei deste desgosto! De rever a linda menina Gracy Khelleyn, de lindas trancinhas enfeitadas de tererê, a quem eu ensinei a ler e a escrever... Perdida nas ruas e agora, sem saber aonde ela vai dormir ou dançar. Porque tudo ficou mais difícil, além do que já era difícil, assim para ela?
   E hoje. eu  senti um espinho no coração, ao ligar a televisão, para ver o jornal do meio-dia e meia... E vi! A Érica*³ mostrava o estado das praças do Largo e a da São Sebastião. Aliás, de todas as praças da cidade, na mais pura verdade – um monte de lixo e de droga, alguns rastros  de andarilhos e crianças misturados às fezes de um cão! Miséria, sujeira e confusão!
     Queira Deus que Gracy Khelleyn não esteja lá mais não! Que o Rei dos Reis a tenha livrado desta,  lhes dado salvação, casa, comida e lugar para descansar depois de dançar, em paz... Que se case e seja feliz...  
     É o  que  desejamos e  clamamos para esta e outras princesas da rua, para esse e, outros reis do pedaço. Um deles era o  namorado...  O outro... Afinal me  lembrei: era o seu irmão... 
      Agora, e as praças? Tanto deles como delas, nós temos que cuidar, ensinar e denunciar!! 

*¹ - Expressão popular para senhora idosa ranzinza;
*² - Expressão popular,nos anos 60 e 70, para designar policiais e militares;
*³ - Referência a âncora de telejornal da TV Integração, da Rede Globo Minas.



Izabel Cristina Dutra – reescrito em JF, 18/08/2011 e revisitado em 05/05/2014.